O medo na mídia
Abaixo, um resumo da apresentação do jornalista e professor universitário Ricardo Alexino Ferreira durante a mesa da qual participará na Jornada Internacional O Mal-estar na Cultura: O medo.
O medo, enquanto representação simbólica, é narrado na mídia a partir de diferentes aspectos. Tem-se o medo provocado por elementos da subjetividade, como o da solidão, o de não ser desejado, o da perda da juventude, o da estética alternativa, o da exclusão. Por outro lado, a mídia também trabalha com o medo mais visível concretizado pela violência, pela perda do emprego, pela falta de dinheiro, pela impossibilidade do consumo, pela doença, dentre outros. Geralmente, a experiência do medo no espaço midiático está expressa cotidianamente no jornalismo, mas também está presente na publicidade, nas telenovelas e em outras produções. A publicidade, em especial, trabalha com o medo de não poder ter. As narrativas jornalísticas trabalham com a ideia da falta e da perda. Entendendo que as narrativas são ancestrais, a mitologia, enquanto espécie de construção midiática, também trabalha com os elementos da perda, assim como os contos de fadas. O principal objetivo da apresentação é explicitar e entender como o medo se torna energia vital nas produções midiáticas, enquanto elemento conquistador de interesse humano e de público. Também visa entender como o medo categoriza os agentes envolvidos: o Self e o outro, geralmente coisificado e tido como potencial destruidor e desordenador.
O medo, enquanto representação simbólica, é narrado na mídia a partir de diferentes aspectos. Tem-se o medo provocado por elementos da subjetividade, como o da solidão, o de não ser desejado, o da perda da juventude, o da estética alternativa, o da exclusão. Por outro lado, a mídia também trabalha com o medo mais visível concretizado pela violência, pela perda do emprego, pela falta de dinheiro, pela impossibilidade do consumo, pela doença, dentre outros. Geralmente, a experiência do medo no espaço midiático está expressa cotidianamente no jornalismo, mas também está presente na publicidade, nas telenovelas e em outras produções. A publicidade, em especial, trabalha com o medo de não poder ter. As narrativas jornalísticas trabalham com a ideia da falta e da perda. Entendendo que as narrativas são ancestrais, a mitologia, enquanto espécie de construção midiática, também trabalha com os elementos da perda, assim como os contos de fadas. O principal objetivo da apresentação é explicitar e entender como o medo se torna energia vital nas produções midiáticas, enquanto elemento conquistador de interesse humano e de público. Também visa entender como o medo categoriza os agentes envolvidos: o Self e o outro, geralmente coisificado e tido como potencial destruidor e desordenador.
Ricardo Alexino Ferreira é jornalista e professor livre-docente da Universidade de São Paulo/USP. Ele participará da MESA 09 (no dia 1º de setembro, das 16h às 17h30).
E-mail: alexino@usp.br
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